Programa Harpia é destaque em reunião do Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica - SEMA/BA

O sistema é hoje um dos principais mecanismos de monitoramento florestal do estado

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Os membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CERBMA) participaram, na manhã de hoje (15), da 9ª reunião ordinária do colegiado. O encontro, que aconteceu de forma virtual, teve como destaque a apresentação do Programa Harpia de Gestão da Vegetação Nativa no Estado da Bahia e os encaminhamentos da proposta do Observatório de Áreas Protegidas.

A sessão teve início com a apresentação, aos membros do comitê, da coordenadora da Secretaria Executiva dos Colegiados Ambientais da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Secex), Mariana Mascarenhas, que falou sobre sua experiência na área ambiental. “Retorno aos trabalhos à frente da secretaria executiva, onde atuei durante um período importante de reestruturação e fortalecimento dos colegiados ambientais da Bahia. A Sema, através da Secex, fornece o apoio técnico e administrativo necessário para o funcionamento dos colegiados e garantia da participação e controle social”, explicou Mascarenhas.

A coordenadora do CERBMA, Adriana Lúcia de Castro, apresentou o planejamento para participação na reunião do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, previsto para acontecer em novembro, no estado do Ceará. “Temos como proposta apresentar os desdobramentos e perspectivas do Roteiro da Biosfera da Mata Atlântica no Brasil, primeiro circuito de turismo sustentável abrangendo os postos avançados da biosfera, que está situado na Costa dos Coqueiros, no Litoral Norte”, destacou.

Dando continuidade à pauta, o coordenador de Fiscalização Preventiva e de Condicionantes do Inema (COFIS), Miguel Calmon, e o especialista da Coordenação de Tecnologia da Informação (COTIC/Inema), Diogo Sousa, apresentaram as ferramentas tecnológicas utilizadas, bem como os resultados, os desafios e as perspectivas de utilização do Programa Harpia nas ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal em todo o estado.

“O projeto começou em 2016, com áreas prioritárias de Mata Atlântica, localizadas no Litoral Norte e Baixo Sul do estado. Inicialmente utilizamos uma metodologia baseada no monitoramento realizado na Floresta Amazônica pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O sensoriamento remoto exige a análise diária de imagens de satélite e a compilação de dados armazenados em diferentes repositórios públicos, o pré-processamento dessas informações acaba sendo uma atividade dispendiosa. Buscamos uma forma de otimizar este processo, com isso criamos um sistema robô, que realiza a parte inicial de coleta e de processamento das imagens adquiridas pelos satélites”, explicou Sousa.

O coordenador Miguel Calmon ressaltou que o sistema é hoje um dos principais mecanismos de monitoramento florestal do estado, auxiliando não só nas ações de fiscalização, como em políticas de conservação e reflorestamento. “Começou como um projeto com foco na Mata Atlântica e se tornou um instrumento fundamental para a gestão ambiental no combate ao desmatamento ilegal, expandindo o monitoramento florestal para todos os biomas presentes no estado, tanto que este ano foi institucionalizado, através da Portaria Inema 22.387, como Programa Harpia de Gestão da Vegetação Nativa”, completou.

Pró-reitor de Pesquisa e Graduação da Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e membro do CERBMA, Moacir Tinoco, apresentou os encaminhamentos do Grupo de Trabalho GT - Proposta do Observatório de Áreas Protegidas. “Pensamos em um espaço de auxílio aos gestores de Unidades de Conservação da Bahia, a princípio será realizado um diagnóstico da realidade de cada unidade, futuramente elaborando e impulsionando medidas socioambientais de apoio aos gestores e comunidades circunvizinhas. Já estamos com um formulário elaborado para o diagnóstico das condições atuais e dos instrumentos de gestão das áreas de proteção ambiental, com contribuição dos diversos atores sociais participantes do Comitê, especialistas da Sema e do Inema e experiências com projetos junto à universidade”, pontuou.

A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos básicos de preservação da diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das populações, nos termos da Lei do SNUC (Lei nº 9.985/00). Foi a primeira unidade da Rede Mundial de Reservas da Biosfera declarada no Brasil. É a maior reserva da biosfera em área florestada do planeta, com cerca de 78.000.000 hectares, nos 17 estados brasileiros onde ocorre a Mata Atlântica.

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica na Bahia - CERBMA-BA, regulado pelo Decreto Estadual nº 12.228 de 01 de julho de 2010, tem por objetivo apoiar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado, priorizando a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico e tradicional.

FONTE: http://www.meioambiente.ba.gov.br/galeria/1593/6830/Programa-Harpia-e-destaque-em-reuniao-do-Comite-da-Reserva-da-Biosfera-da-Mata-Atlantica.html


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